Projeto Amamentar - Ariana
Ariana e Tobias
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Nunca achei que teria grandes problemas pra amamentar. Afinal, parece tão simples, natural, instintivo. Não que não o seja, veja bem... Neta de indígena, não me parece ser uma grande questão para as mulheres indígenas. Mas somos seres sociais. Nasce um bebê, nasce uma mãe insegura com o próprio leite, com o peso do bebê, com as tabelas dos pediatras, com o tanto de emoções envolvidas ali na apojadura, com a falta de apoio, da tal da aldeia pra criar um filho. Mas vencemos.
Aí chega o terceiro filho e amamentar, coisa que lembro como imenso prazer...não será possível que será uma questão de novo! Mas foi. Mais uma vez, ajusta pega, apojadura dolorida e não deu pra fugir do tsunami emocional.
Mas de novo, passa. Passa e vai ficando o natural, o simples, o instinto, o amor. Mesmo em época de distanciamento social, quando a mãe, a mulher, a profissional não tem espaços separados, mesmo quando amamenta enquanto trabalha ou cuida dos mais velhos, mesmo assim, chega a hora em que amamentar é muito prazeroso, mesmo que seja uma grande demanda de disponibilidade.
E é assim que quero me lembrar de toda a doação para meu bebê: como amor, como instinto, como fonte de prazer.
Texto: Ariana Andrade
Modelos: Ariana, Tobias, Téo, Estevão e Ismael.